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Pirataria - Justifica-se?

Category: , , By André Delgado

A apoiar o post do japplo escrito pelo Hugo Ribeiro eu também transmito a mensagem.

Com o advento da era digital, a pirataria de conteúdos atingiu proporções que no tempo da cassete pirata eram inimagináveis.


Aquilo que começou por ser um negócio lucrativo para alguns (quantos de nós não compraram jogos e música a um amigo que conhecia um fulano que tinha um gravador de cd’s…), é agora uma situação totalmente democratizada, acessível a qualquer um, onde só gasta dinheiro em material original quem não alinha com este estado de coisas...

Numa realidade de uma hipocrisia gritante, temos de um lado as editoras a pressionar as autoridades para que estas tomem medidas contra os “prevaricadores”, e do outro, empresas fornecedoras de Internet, fabricantes de discos rígidos, de gravadores, de cd’s e dvd's a lucrarem com a situação.

Claro que só usufrui da pirataria quem quer, no entanto isto é um bocado como os empréstimos fáceis. Com tanta empresa financeira a emprestar dinheiro só com um telefonema, não admira que grande parte das famílias portuguesas esteja em situação de sobrendividamento. Ora se aquilo que é fácil é atractivo, o que é grátis nem sequer tem concorrência.

Se nos cingirmos aos videojogos, a pirataria é uma das grandes responsáveis pela falta de aposta em novas ideias e conceitos. Com a subida em flecha dos custos de produção (nesta nova geração), é muito mais seguro lançar sequela após sequela de títulos já consagrados. Só mesmo as grandes editoras se podem dar ao luxo de seguir por caminhos nunca antes pisados, e mesmo assim, com algumas cautelas. A título de exemplo, podemos referir Assassin’s Creed, que embora tenha tido uma componente de risco por parte da Ubisoft, não reinventou totalmente o género.
Claro que muitos de vocês devem estar agora a pensar que a culpa é do elevado preço pedido pelos jogos. Bem, por essa ordem de ideias, ninguém comprava automóveis utilitários. O proced
imento seria ir a garagens públicas (que seriam o equivalente aos sites de partilha de ficheiros) e “agarrar” no primeiro BMW que nos aparecesse à frente.
Outros advogam que, de qualquer das formas, nunca comprariam a maior parte dos jogos que obtêm ilicitamente. Sim, isso pode até ser verdade, mas no meio dos 50, 100 ou mais jogos que por lá têm, pelo menos 5 ou 6 acabavam por comprar.

 

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